Hoje eu escrevo de uma forma diferente... Acho que a tristeza
define essa minha forma de escrever nesse momento... Uma tristeza sofrida,
dolorida... Parece algo irreversível, sei lá... Não consigo definir...
Nem sempre o que queremos é o que podemos ter. Eu nunca terei algumas coisas que quero, porque algumas coisas a gente quer, mais ainda não pode... Ou nunca poderemos. Não faz mal... Dizem que quando queremos algo à vontade é legitima, quando a alinhamos com a alma. Por vezes isso parece longe, mas só o tempo dirá. Dizem que nada é no nosso tempo...
Algumas vezes precisamos abrir mão de coisas importantes em
nossas vidas. Tive que abrir mão de algumas delas. Coisas importantes e reais.
Mas os meus motivos foram maiores. Hoje eu digo literalmente que fiz um
sacrifício enorme em deixar algumas coisas irem embora de minha vida. Poderia
ter lutado mais... Abri mão de propósitos que tinha em relação a determinadas
coisas. Está sendo doloroso demais, mas quando tomamos decisões temos que ser
plenos nessas decisões.
Diante de algumas decisões perdemos a ansiedade, a
insegurança e a ilusão. Vou fazer o possível para recomeçar novamente e
agradeço de antemão. Pois sei que vou conseguir. Vitorias pequena que farei de
tudo para que se tornem grandes. Estou trancada em meu quarto achando que
jamais serei a mesma... Mas, vou fazer o possível para que tudo tenha sentido
como antes. Vou permitir que as coisas, continuem se renovando e que diante de
algumas perdas tudo em minha vida passe a ter mais sentido e que não exista
vazio de forma nenhuma.
Acredito que isso seja possível. Sigo em frente projetando
novas situações e abraçando tudo o que o mundo tem de bom para mim.
Existe uma máxima que fala mais ou menos assim: “Há um tempo
que precisamos abandonar as roupas usadas que já não tem a nossa forma”. A
forma de nossos corpos e por consequência esquecer nossos caminhos... Seguir em
frente é uma condição para não sofrermos, para não nos desgastarmos.
Hoje
eu tive a nítida certeza que pessoas especiais não são perfeitas. Temos orgulho,
temos sisudez, temos diversidades e somos submetidos a pressões. Não temos por
vezes discernimento para aceitar e mesmo com tantas problemáticas sabemos que
mesmo com tantas imperfeições vale a pena lutar por essas pessoas.
Começando
a escrever eu falei que não iria chorar... Mas, é inevitável e não tenho
nenhuma vergonha de falar isso. Choro pela minha vida, pelo que sou, pelas
minhas vitorias e derrotas. Choro por tudo o que queria que fosse e não foi...
É apenas a minha forma de pensar. Choro pelos julgamentos sem fundamentos.
Choro pelos momentos que pensei em desistir...
Mas,
que bom que aprendi com esse tempo... Que nada pode implicar em subtração e sim
em soma... Choro pelas metas que quero alcançar... Choro pela minha liberdade,
pelo meu medo.
Choro
pelo meu aprendizado... Pela minha compreensão.
Chega
de escrever, agora o choro se transformou em tristeza mesmo... E não quero isso
de forma nenhuma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário